A nova sede da fundação espanhola María Cristina Masaveu Peterson, situada no distrito de Chamberí, nas proximidades do Paseo del Arte, acolhe a sua primeira exposição, que inclui uma seleção de 117 obras das suas amplas e variadas coleções de pintura espanhola do século XIX. A mostra, de entrada livre, estará patente nas salas 01-13, e inclui também um serviço de audioguia gratuito, de 6 de setembro a 28 de maio de 2023.

A Coleção Masaveu é o fruto do interesse colecionista de várias gerações desta destacada família de empresários, e é considerada uma das mais importantes de Espanha pela sua qualidade e pelo número de obras que reúne. A fundação, criada em 2006, dedica-se à promoção da arte e da cultura, e à formação e investigação.

A exposição propõe um percurso que começa com Francisco de Goya e termina no modernismo e no pós-modernismo catalão, ao longo do qual o público poderá apreciar a riqueza e a variedade das obras reunidas, e conhecer a evolução da pintura espanhola. A mostra inclui alguns dos mais destacados pintores espanhóis, e inclui duas grandes obras de Francisco de Goya e Agustín Esteve, um retrato neoclássico de Zacarías González Velázquez e pinturas de Vicente López. Os pintores madrilenos também se destacaram como retratistas, como se pode apreciar em três obras da juventude e do início do período de maturidade artística do seu máximo expoente, Federico de Madrazo.

As obras de Eugenio Lucas Velázquez refletem o estilo goyesco, vinculado aos cartões para tapeçarias e às cenas de guerra e de violência. Nas pinturas de género de Dionisio Fierros e Eduardo Rosales podemos comprovar o interesse pelas cenas de costumes na passagem do Romantismo ao realismo.

A exposição centra-se ainda nas correntes surgidas no último terço do século XIX, com destaque para o género histórico, em que sobressaem nomes como Ignacio León y Escosura e Francisco Domingo, na vertente realista da paisagem, com Carlos de Haes, Agustín Riancho, Martín Rico, Mariano Fortuny e Luis Álvarez Catalá, e na escola naturalista, com Aureliano de Beruete, Eliseo Meifrén, José Moreno Carbonero e Cecilio Pla, entre outros.

Uma das partes mais importantes desta exposição reúne algumas das numerosas obras de Joaquín Sorolla pertencentes à coleção. Também se incluem algumas obras do pós-modernismo catalão, com quatro cenas ciganas datadas de entre 1901 e 1909, de Isidro Nonell, e quatro paisagens de Joaquín Mir e Joaquín Sunyer.

Créditos da imagem:

A minha esposa e as minhas filhas no jardim, 1910, Coleção Masaveu © Reprodução: Fundação María Cristina Masaveu Peterson. Autor: Marcos Morilla.